domingo, 2 de agosto de 2009

Primeiro ato.

Estamos sós.
Finalmente e você não precisa dizer nada.
Nada mesmo.
Eu tambem, não vim te trazer mais uma flor, chocolates ou uma nova promessa de amor.
Vim até aqui novamente só pra olhar nos seus olhos.


Lembrar o por que eu queria ungir minhas mãos antes de toca-la.



É verdade mesmo essa sintonia estranha que pode acontecer entre duas pessoas. E eu estou perdido e dissolvido em Você.
Que não é mais tudo que eu tenho, mesmo eu nunca tendo te perdido. Por que eu nunca lutei por você.

Eu queria criair faíscas entre as suas articulações. Estar em você mais do que qualquer coisa já esteve, e pausar o mundo, mandar aviso aos anjos que nem o arcanjo mais austero deles, viesse me dar recados enquanto eu estivesse aqui.
Aqui com você.

Pra mim existem dois mundos, um que existe.
E outro que só existe a sua volta, nos seus braços.

No seu olhar cheio de luz, nas suas verdades intimas que eu nem pretendo desvenda-las todas, por ser apenas mais um mortal.
Assim como você tambem é.
E por isso...

Ainda sonho em ungir as mãos antes de toca-la.
Minha alma não pode esperar mais um dia sem ter seu leve aroma de beleza e amor.
Vivo e adocicado, ácido pelo cal dos homens que crairam rastros de sentimentos ao tentar te ter.
E você que não é minha.
Nem sua.
Nem dos deuses, nem da natureza, nem das cores.
Que não existe.

E um eu a me perguntar quantos degraus ainda consigo subir, ou supor que existam pra me dispor ao seu lado.

e é por isso...
só por isso.

apenas.

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